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“Todos falam no combate à corrupção, mas ninguém sabe o que fazer”

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Economia

“Todos falam no combate à corrupção, mas ninguém sabe o que fazer”

Portugal não tem uma estratégia clara de combate à corrupção e ao branqueamento de capitais: limitamo-nos a definir políticas que servem para responder aos relatórios internacionais, diz o bastonário da Ordem dos Notários. Fusão de todos os mecanismos num só, com voz de comando única e capacidade de coordenação, aproveitar os meios informáticos para a deteção de riscos e publicar estatísticas transparentes são algumas das suas propostas. Com Comissões que se reúnem uma ou duas vezes por ano, folhas de excel e formação dispersa para cumprir objetivos não se vai lá

Elisabete Miranda

Jornalista

Nuno Botelho

Fotojornalista

Portugal não tem uma estratégia clara de combate à corrupção e ao branqueamento de capitais: limitamo-nos a definir políticas que servem para responder aos relatórios internacionais, diz o bastonário da Ordem dos Notários. Fusão de todos os mecanismos num só, com voz de comando única e capacidade de coordenação, aproveitar os meios informáticos para a deteção de riscos e publicar estatísticas transparentes são algumas das suas propostas. Com Comissões que se reúnem uma ou duas vezes por ano, folhas de excel e formação dispersa para cumprir objetivos não se vai lá

M ais falha, menos falha, Portugal aparece habitual­mente bem classificado nos rankings internacionais de combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo e à corrupção. Mas, na prática, “a máquina não funciona”. Os organismos multiplicam-se, por vezes atropelando-se, não há uma voz de comando, com políticas claras e estratégia definida. A legislação também é abundante, distribuindo responsabilidades por múltiplas entidades, mas, no fim do dia, “tudo está bem na aparência, mas depois no terreno nada acontece”.

Para a Ordem dos Notários (ON), uma das entidades obrigadas a fiscalizar o cumprimento das regras de prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo (PBC), não era difícil fazer melhor. Mas o bastonário, Jorge Batista da Silva, já leu as propostas dos partidos que concorrem às legislativas e está convencido de que tudo ficará sensivelmente na mesma: “Todos falam no combate à corrupção e ninguém sabe o que fazer.”

A ON enviou aos partidos um conjunto de propostas para a próxima legislatura, focando-se em questões práticas, entre as quais esta. Porque em “número de entidades, folhas de Excel e preen­chimento de papéis somos imbatíveis. Multiplicamos mecanismos formais mas do que precisamos mesmo é de mecanismos práticos”.

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MP e Judiciária estão seguros de que indícios são fortes

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Política

MP e Judiciária estão seguros de que indícios são fortes Investigação . Procuradoras apresentaram exposição ao Conselho Superior da Magistratura por causa de atraso do juiz nos interrogatórios

Hugo Franco

Jornalista

A menos de um mês das eleições legislativas, a decisão de um juiz de instrução criminal de libertar Pedro Calado, ex-vice-presidente do governo regional da Madeira e presidente da Câmara do Funchal, e os empresários Avelino Farinha e Custódio Correia, foi recebida como um pequeno terramoto no meio judicial, ao colocar em xeque a figura da procuradora-geral da República, Lucília Gago, três meses depois de um outro caso ter levado à demissão do primeiro-ministro António Costa.

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Conselho de Estado. Joana Carneiro substitui Damásio

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Em Destaque

Conselho de Estado. Joana Carneiro substitui Damásio

Neurocientista preferiu não entregar declarações de rendimentos e renunciou ao lugar de conselheiro

Eunice Lourenço

Editora de Política

Neurocientista preferiu não entregar declarações de rendimentos e renunciou ao lugar de conselheiro

J oana Carneiro vai tornar-se o membro mais jovem do Conselho de Estado (e o único abaixo dos 50 anos). A maestrina, que tomará posse quando ocorrer uma reunião daquele órgão de consulta do Presidente da República, foi escolhida por Marcelo Rebelo de Sousa para substituir o neurocientista António Damásio, que renunciou ao lugar de conselheiro de Estado, depois de ser conhecida a decisão do Tribunal Constitucional que o obriga a apresentar declarações de rendimento e património. Como o Expresso noticiou, Damásio nunca apresentou tal declaração, que é obrigatória para todos os titulares de cargos políticos, estando em incumprimento há sete anos.

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Isabel, mulher fatal

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Isabel, mulher fatal

Pedro Candeias

Editor-executivo

Caro leitor, cara leitora Esta quinta-feira, começo esta newsletter com uma promoção descarada a um tema que o Expresso disponibiliza a partir das 23h no site ou na sua…

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