Greve dos magistrados do Ministério Público
Declarações: António Ventinhas – Presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público
Declarações: António Ventinhas – Presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público
A adesão ao segundo dia da greve dos magistrados do Ministério Público (MP), que hoje é circunscrita aos distritos judiciais de Coimbra e Porto, atingiu “pelo menos 90%”, segundo fonte sindica
Todos os julgamentos criminais em Coimbra, Viseu e Castelo Branco foram adiados devido à greve dos magistrados do Ministério Público, informou hoje o presidente da secção distrital de Coimbra do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP).
Em declarações ao JN, Adão Carvalho, magistrado e elemento do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (MP), alerta que a medida que está a ser avaliada no Parlamento – de serem os políticos a mexer na composição do Conselho Superior do Ministério Público – pode pôr em causa a independência da investigação criminal e o combate à corrupção. Adão Carvalho questiona se esta intenção não terá a ver com o facto de cada vez mais existirem presos políticos e bancários por corrupção. O magistrado diz que esta norma fragiliza a autonomia do MP.
No segundo de três dias de greve dos magistrados do Ministério Público a adesão atingiu os 90%.