Com profundo pesar e crescente preocupação acompanhamos os acontecimentos no Afeganistão, não podendo deixar a direção do SMMP de publicamente expressar o seu extremo repúdio.

A trágica e hedionda violação dos direitos humanos, mormente de mulheres e raparigas e, de entre elas, das mulheres magistradas deve preocupar todos. Esta violação grave e desumana está já em curso e agudizar-se-á num futuro que é já um presente de terror.

Em liberdade, a população afegã construiu uma democracia, as mulheres e raparigas lutaram para obter qualificações e assim aceder a cargos outrora a elas vedados. Os afegãos erigiram um Estado de direito e as afegãs tornaram-se cidadãs de pleno direito, como sempre devia ter sido.

Negam-lhes agora a qualidade de seres humanos. 

A direção do SMMP, partilhando das preocupações nacionais e internacionais, manifestará junto da presidência da República portuguesa e do governo português a sua extrema preocupação, solicitando atuação urgente, participativa e inclusiva.

Mais expressa a sua total disponibilidade para colaborar nas medidas e ações que vierem a ser empreendidas a nível nacional e internacional, nomeadamente nas que visem a salvaguarda da vida, liberdade e segurança de afegãos e de afegãs, com particular acuidade quanto a magistradas/os por reconhecermos o intenso perigo a que estão votados/as dado o especial carácter das suas funções. 

A nossa solidariedade e pensamentos estão incondicionalmente com todos/as os/as afegãos/ãs.

19 de agosto de 2021,
A Direção do SMMP

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